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NOSSA HISTÓRIA

 

A Igreja Menonita tem a sua origem em meados da década de 1520 com o reformador protestante Ulrich Zwinglio, na cidade de Zurique na Suíça. Vários dos seus seguidores se afastaram quando ele começou a fazer parte do Conselho Político que governava a cidade, porque este interferia nas decisões e na vida da igreja. Para estes seguidores de Zwinglio, a Igreja deveria seguir somente os ensinos de Cristo como estão registrados nos Evangelhos e não deveria permitir a intromissão de interesses do poder político.

Assim, em 21 de janeiro de 1525, eles tomaram a decisão de se rebatizarem como adultos em base à sua fé e de servir a Cristo. Mas como naquela época o rebatismo era considerado ilegal e também rebelião contra a Igreja e a ordem social, eles foram perseguidos, presos e até martirizados. A partir dessa data foram denominados de anabatistas, por praticarem o rebatismo, já que tinham sido batizados como crianças na Igreja Católica ou protestante.


Para eles a Igreja deveria ser formada por pessoas que, por uma decisão voluntária:
1. Queriam seguir a Cristo e seus ensinamentos,
2. Formar uma comunidade onde todos se ajudavam mutuamente, onde eram considerados todos iguais perante Deus e os homens.
3. Viver vidas transformadas, ajudando as pessoas a se reconciliarem com Deus e umas com as outras. 
 
Esse movimento da reforma protestante denominado de Anabatista se espalhou rapidamente pela Europa Central, principalmente entre as pessoas que formavam a classe socioeconômica mais pobre.


 
 

Na Holanda o movimento anabatista chegou em 1530, formando diversas comunidades que estudavam a Bíblia para colocá-la em prática. Um deles foi um sacerdote católico chamado Menno Simons que começou a investigar os acontecimentos e também estudar os Evangelhos para melhor poder instruir os fiéis da sua igreja.
Com os estudos das Escrituras, ele foi profundamente tocado pelos ensinos de Cristo, uniu-se aos anabatistas e logo foi chamado para ser o líder da Igreja trazendo coesão e direção para centenas de pequenas igrejas que se reuniam em casas, porões, estábulos, cavernas, bosques, etc.

A liderança de Menno Simons teve grande importância em direcionar as igrejas para o único fundamento da nossa vida e fé que é Jesus Cristo. O texto chave para ele era:
1 Cor 3:11 “ porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é JESUS CRISTO”.

As igrejas anabatistas passaram a ser conhecidas pelo nome do seu líder – menonitas.


 
 

 


Por causa das perseguições e das restrições para seus cultos e reuniões, procuravam por lugares onde eram tolerados. Assim muitos emigraram da Holanda e norte da Alemanha para a região da antiga Prússia, que hoje faz parte da Polônia. Dessa região emigraram a partir de 1790 para a Rússia (Ucrânia), a convite da Czarina Catarina a Grande, em busca de melhores condições. 

 


 

 

Ali viveram 150 anos e prosperaram, mas com a chegada da Revolução comunista de 1917 e o confisco de todas as propriedades privadas, inclusive as igrejas e escolas, decidiram sair para outros países que lhes oferecessem a liberdade para viver e cultuar a Deus.


Assim, em 25 de novembro de 1929 apenas 5000 menonitas conseguiram vistos para sair da Rússia, e depois de alguns meses na Alemanha, os únicos países dispostos a recebê-los, foram o Brasil e o Paraguai. A partir de fevereiro de 1930, 1250 menonitas chegaram ao Brasil, foram assentados na região central de Santa Catarina, então município de Ibirama, em uma área de muitas serras e florestas. 
Procurando condições melhores para a subsistência, vários grupos de famílias mudaram para outras regiões do Brasil, levando o evangelho e fundando igrejas.

 

A AIMB foi fundada em 1956, visando unir e fortalecer as igrejas menonitas que se haviam estabelecido em Curitiba e no município de Palmeira.

Menno Simons

Perseguições

A Vinda ao Brasil

O Início

NOSSA CONFISSÃO DE FÉ

Cremos que existe um só Deus que se agrada de todos que se chegam a Ele por meio da fé. Adoramos o santo, amado e eterno Deus, que é PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. Deus criou todas as coisas visíveis e invisíveis, trouxe salvação e vida nova para a humanidade, por meio de Jesus Cristo. Ele sustenta a Igreja e todas as coisas até o final dos tempos (Heb.11,6;  Ex.20,1-6;   Mt.28,19;  Col.1,13-16).

 

Cremos em Jesus Cristo, a Palavra de Deus que se  encarnou. Ele é o Salvador do mundo, que nos libertou do domínio do pecado e nos reconciliou com Deus por meio da sua morte na cruz. Ele é o Filho de Deus,  é o cabeça da Igreja, o  Senhor exaltado, o Cordeiro de Deus que voltará para buscar a sua igreja e reinar eternamente (Jo.1,1-14;  Fil.2,5-11;  Ef.1,22-23;  Heb.1,1-4).

 

Cremos no Espírito Santo, o Eterno Espírito de Deus, que deu poder à Igreja e é o poder para vivermos em Cristo. O Espírito Santo foi derramado sobre os que crêem dando-lhes a certeza da redenção (Mt.12,28; Jo.14 e 16).

 

Cremos que toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus, por meio do Espírito Santo, para instrução na salvação e aperfeiçoamento na vida de acordo com a vontade de Deus. Cremos nas Escrituras como Palavra de Deus, perfeita e única verdade e padrão de vida e fé. Dirigidos pelo Espírito Santo, nós   interpretamos e ensinamos as Escrituras de acordo com a palavra e obra de Jesus Cristo (II Tim.3,16-17;  II Ped.1,20-21;  Mt.5,17).

 

Cremos que Deus criou os céus e a terra e tudo o que neles há, e que Ele preserva e  cuida do que foi feito. O universo foi criado perfeito, porque Deus é bom e ele provê  tudo o que é necessário para a vida

(Gen.1,1-31;  Sl. 104).

Cremos que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Deus o formou do pó da terra e o  dignificou em meio à criação. O ser humano foi criado para ter comunhão com Deus, para viver em paz com seu semelhante e para cuidar da criação (Gen.1,26-27;  Gen2,7-15; I Jo.1,3).

 

Cremos e confessamos que, desde Adão e Eva, todos desobedeceram a Deus, e seguiram o caminho do pecado. Todos se desviaram do plano do Criador, danificaram a imagem segundo a qual foram criados e ficaram expostos aos poderes malignos. Esse fato provocou a separação entre Deus e o homem, entre o homem e o seu semelhante e entre o homem e o restante da criação (Gen.3;  Rom.3,23; Ef.2,1-3 ; Ef.6,10-12).

 

Cremos que por meio de Jesus Cristo, Deus concede salvação do pecado e uma vida nova. Recebemos a Salvação quando arrependidos recebemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e  Salvador. Em Cristo somos reconciliados com Deus e levados a participar da comunidade do seu povo. Colocamos nossa fé em Deus que pelo mesmo poder que ressuscitou Jesus da morte, resgatou-nos do pecado para seguirmos  Cristo e experimentarmos a plenitude da salvação no tempo vindouro (Jo.3,16;  Jo.1,12;  Rom. 5,6-11; Rom. 8,17-18).

 

Cremos que a Igreja é a comunhão daqueles que, pela fé recebem a salvação que Deus oferece em Jesus Cristo. É a nova comunidade de discípulos enviados ao mundo para proclamar o reino de Deus e a fazer conhecido o antegozo da esperança gloriosa da igreja, um povo estabelecido e sustentado pelo Espírito Santo  (At.2,37-41; At.2,42-47).

 

Cremos que a missão da Igreja é proclamar o reino de Deus e viver  segundo os seus princípios. Cristo ordenou à Igreja a fazer discípulos de todas as nações, batizar e ensinar tudo o que Ele ordenou (Mt.28,19-20; At.1,8).

 

Cremos que o batismo com água é uma ordem de Jesus para todos os que se convertem. É um símbolo da purificação do pecado, testemunho perante a Igreja e o mundo da aliança com Deus, de seguir a Jesus pelo poder do Espírito Santo. Os que crêem e são batizados passam a fazer parte do corpo de Cristo (Mt.28,19; Rom.6,1-4;  At.2,41; I Co.12,13).

 

Cremos que a Ceia do Senhor é uma ordem de Jesus, um símbolo pelo qual a Igreja agradecida relembra a nova aliança que Jesus estabeleceu por meio de sua morte. Na Ceia a Igreja renova a sua aliança com Deus e da aliança de uns com os outros. Temos parte na morte e na vida de Cristo, o que anunciamos até a sua volta  (Mt.26,26-30;  I Co.11,23-29).

 

Cremos que, em lavando os pés dos discípulos, Jesus nos chama a servir um ao outro em amor, como Ele o fez. Assim reconhecemos a nossa necessidade constante de purificação e da renovação da  nossa disposição de deixar o orgulho, o poder do mundo e, assim, oferecer nossas vidas em humildade e amor sacrificial  (Jo. 13,1-35).

 

Cremos na prática da disciplina na Igreja, como sinal da graça  transformadora de Deus. A disciplina é aplicada  no intento de libertar irmãos e irmãs do pecado, e restaurá-los a uma vida de comunhão com Deus e com a Igreja. A prática da disciplina na Igreja dá à Igreja o testemunho de integridade perante o mundo (I Ts.5,14; I Co.5,3-5;  II Co.2,5-11; Mt.18,15-20).

 

Cremos que através dos dons  que recebemos, o ministério de Cristo tem sua continuidade. Através do Espírito Santo somos capacitados com dons para exercê-los com amor e poder, para assim servir na Igreja e no mundo. Cremos também, que Deus chama de modo especial líderes, para o serviço. Cada um deve servir com o dom que recebeu e é responsável diante de Deus e da comunidade de fé (Ef.4,7-12;  Rom.12,3-8;  I Co.12,1-11).

 

Cremos que a Igreja de Jesus Cristo é um corpo com muitos membros, que são ajustados e ligados pelo Espírito Santo para serem casa espiritual de Deus (I Co.12,12-14; I Pe.2,5;  Ef.4,16).

 

Cremos que Jesus Cristo nos chamou para sermos seus discípulos, negarmos a nós mesmos, tomar a cruz e seguí-lo. Através da graça salvadora de Deus, nós recebemos o poder para sermos seus discípulos, cheios do Espírito Santo, obedecendo aos seus ensinamentos, dispostos a sofrer e, assim, viver vitoriosamente. Se formos fiéis no caminho do Senhor, nos tornaremos semelhantes a Cristo, afastando-nos cada vez mais do mal que há no mundo (Mt.28,18-20;  Lc.14,25-33;  Jo.13,34-35).

 

Cremos que para ser um discípulo de Jesus devemos conhecer a vida no Espírito. Se a vida, a morte e a ressurreição de Jesus estiverem impregnadas em nós, cresceremos à imagem de Cristo e, na comunhão com Deus. Na adoração individual e da comunidade  o Espírito Santo está presente atuando e nos levando a uma  experiência cada vez mais profunda com Deus (Ef.5,18;  Gal.5,16.25;  Rom.8,9).

 

Cremos que, de acordo com o plano criador de Deus, a vida humana começa na família e é abençoada pela família. É também o desejo de Deus, que cada um venha a fazer parte da família de Deus, dando e recebendo restauração e fortalecimento na Igreja, havendo assim crescimento no aperfeiçoamento que Deus deseja. Somos chamados a levar uma vida pura, de amor, fidelidade e de fé (Gen.1,28-31;  Ef.5,25-33;  Ef.2,19).

   

Cremos que devemos falar a verdade. Nosso sim será sim, nosso não será não. Devemos nos abster do juramento (Ef.4,15;  Tg. 5,12;  Mt.5,34-37).

 

Cremos que tudo pertence a Deus. Deus chama a Igreja para ser a fiel cuidadora do que a nós foi confiado e a descansar na promessa da justiça de Deus (Sl. 24,1; 89,1).

 

Cremos que a paz é a vontade de Deus. Deus criou o mundo em harmonia e paz. Jesus nos mostrou a perfeita paz. Guiados pelo Espírito Santo e seguindo a Cristo, que é a nossa paz, promoveremos a paz, faremos o que é justo, nos reconciliaremos, resistiremos pacificamente, não praticando a violência em qualquer situação da vida  (Mt.5,9.44; Rom. 12,17-21).

Cremos que a Igreja é a nação santa de Deus; chamada a uma fidelidade incondicional, em submissão a Cristo, para ser testemunha do amor a todos os povos. Entendemos que devemos ser submissos ao governo, enquanto este não viole os princípios de Deus (Rom.13,1-7;  At.5,29;  I Tim.2,1-4).

 

Cremos que devemos colocar nossa esperança no Reino de Deus que se completará com a volta de Cristo que virá em poder e glória, para julgar os vivos e os mortos. Ele arrebatará a sua Igreja, que já vive no Reino de Deus. Aguardamos a vitória final de Deus, o fim deste tempo de lutas, a ressurreição dos mortos, o novo céu e a nova terra, nde o povo de Deus reinará com Cristo em justiça e perfeita paz para todo o sempre (I Tes.4,15-17;  Ap.20,5-15; I Co.15,53-57).

DIRETORIA DA AIMB

NOSSA MISSÃO

A nossa missão como Associação das Igrejas Menonitas do Brasil é auxiliar, impulsionar e icentivar cada Igreja Menonita a cumprir o seu chamado divino, descrito por nosso Senhor Jesus Cristo no Livro de Mateus 28:19-20: "Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando‑os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando‑os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

NOSSA VISÃO

Ajudar a facilitar a missão de nossas igrejas, para que cada vez mais pessoas possam conhecer e se render aos pés de nosso Deus através de seu filho Jesus Cristo. 

NOSSOS VALORES ANABATISTAS

• Jesus é o centro de nossa fé;

• A comunidade é o centro de nossas vidas;

• A reconciliação é o centro de nossa obra. 

NOSSOS OBJETIVOS

Como instituição, a Associação das Igrejas Menonitas do Brasil tem como objetivo:

• Ser uma facilitadora, apoiando as igrejas em sua missão evangelizadora, discipuladora e transformadora;

• Promover a fraternidade e a integração entre as igrejas aliançadas, através da realização de encontros de lideranças, congressos, conferências, treinamentos, apoio missionário e cuidado pastoral;

• Incentivar e promover a unidade de propósitos e cooperação mútua entre as Igrejas Menonitas, é a principal estratégia da AIMB para avançar no cumprimento da Grande Comissão e na edificação do Corpo de Cristo;

• Ser órgão de referência, orientação, treinamento e consulta das Igrejas Menonitas oferecendo, para isso, ferramentas de apoio para que as igrejas executem sua missão no Reino de forma mais eficaz;

• Zelar pelo cuidado integral e pastoreio de nossos pastores e suas famílias;

• Ajudar na expansão de nossas igrejas através de projetos de multiplicação e plantio de novas congregações em todo o território nacional. 

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